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O blogue do programa de música pop em português
da Rádio Centre-Ville FM, 102,3, Montréal.

25.10.05

ESPECIAL: DJ MARLBORO, PILAR DO FUNK CARIOCA

DJ Marlboro

O DJ Marlboro tocou aqui em Montreal na semana passada e foi tudo de bom. O Parababélico conferiu o set no Savoy Club, parte do MEG Festival, e fez um especial de 15 minutos com música e uma entrevista exclusiva com Marboro.

Podcast do Parababélico

LINQUES:

* Big Mix, portal do programa de rádio do DJ Marlboro.
* Entrevista com Silvio Essinger, autor do livro Batidão - Uma História do Funk (editora Record, 2005)
* O funk, assim como a axé-music, o rap e a chamada música sertaneja, sofre os efeitos de uma espécie perversa de exclusão estético-ideológica do que se chama de MPB. Artigo por Bia Abramo.

UMA HOMENAGEM ÀS FITINHAS K7

K7

A imagem da fitinha cassete, fiel companheira de uma geração inteira de fãs de música pop, aparece em *imensa* coleção nostálgica nesse site. As fitas K7 representaram uma forma de democratização da música, com a garotada que não tinha grana para comprar discos distribuindo e compartilhando sua coleção. Um proto-Napster, por assim dizer. Essas adoráveis fitinhas também causaram rebuliços maiores do que ouvir um disco dos Smiths pela primeira vez: no Irã, música e programas subversivos distribuídos em fitas causaram uma revolução e a deposição do Xá nos anos 70.

As fitinhas foram inventadas pela Phillips em 1968, e qualquer um que quisesse podia copiar a fórmula sem licença. Foi nos anos 80 que as K7 passaram a vender mais, graças ao efeito Walkman, primeiro aparelho de música portátil, criado pela Sony.

As fitas, surpreendentemente, continuam a ser fabricadas. A gente aqui na rádio ainda usa fitas pra entrevistas - os aparelhos digitais ainda são muito caros. As fitas de vídeo estão prestes a morrer; no ano que vem os estúdios vão parar de lançar filmes no formato VHS. Eu prevejo, olhando no meu oráculo, que os CDs em breve verão o seu fim, por causa da data de vencimento breve da mídia: CDs caseiros e piratas não devem durar mais de dez anos. Arquivo nenhum pode depender de um suporte tão fuleiro. Aí a gente vai ver nostálgicas coleções de imagens de CDs na net. Por enquanto, divirtam-se com as K7s...

LINQUE para arquivo de MUITAS imagens de K7

19.10.05

PODCAST: FELLINI, SEU JORGE ETC

Esse programa foi de improviso, já que a gente esperava estar transmitindo da rua no dia. Mas rolou bem, só um tantinho repetitivo. Bem menos repetitivo que sua rádio FM habitual. Ainda assim, repetitivo. Vale pelo Fellini, que a gente nunca tinha tocado. Mas o Instituto, o Junio Barreto e o Nego Moçambique são repetitivos. Não as faixas, que são inéditas; mas os artistas sim, esses são repetitivos. [Shut the fuck up, E.]

Podcast do Parababélico

12.10.05

HÁ BATERIAS... E baterias...

bateria de escola de samba

Olha só a formação da bateria de uma escola de samba. Tipo, a coisa começou mais modesta nos primórdios, mas depois o povo pirou e a coisa foi crescendo, hoje tem 400 integrantes, por aí. É, pro bem ou pro mal, uma orquestra de responsa. Quer dizer, o tipo de complexidade rítmica que um conjunto como esse permite tem que ser superior ao de uma bateria de jazz-rock normal. E antes que um filisteu arrisque seus dois palitos: tou dizendo que o pontencial para a complexidade é superior, não que música ou o ritmo sejam superiores... Porque eu não entro nessas de mérito, que parece papo de bêbado discutindo se Bach é melhor ou pior que Mettalica. Eu, hein.

A bateria americana fez o caminho inverso. Por razões de praticidade e economia, drum kit lá pela mesma época (anos 1920, 30) foram reduzindo os vários instrumentos de uma banda (tipo banda militar mesmo, uma fanfarra) a um kit tocável por um único instrumentista. E depois, com o passar do anos e os muitos virtuoses, foram acrescentando umas coisinhas aqui e ali. Em suma: é uma invenção mambembe, pro músico viajante.

Agora, tem neguinho que toca essa bateria safada aqui embaixo, o drum machine, e nunca viu uma daquelas lá em cima, com centenas de mãos humanas mexendo harmoniosamente, sem vacilar nem atravessar. Será se ele visse, programava diferente? Sei lá. Importa? Provavelmente não. Bumbum, Paticumbum, Prugurunduns à parte, eu continuo fissurada num Boom Boom Tchak*...

TR-505

LINQUE:
Leia artigo bem informativo sobre baterias (a gringa e a nossa) no Dicionário da MPB.

* A primeira onomatopéia é de Ismael Silva, do famoso samba campeão do Rio em 1982, pela Império Serrano; a segunda é do gênio teutônico pop Kraftwerk.

10.10.05

PODCAST: CHORORÔ, COM ANDREA MARQUEE, ZÉLIA DUNCAN CANTANDO ITAMAR E MAIS

francês aos prantos

O programa rolou num tom sorumbático. Foi aquela choradeira. Antes que me perguntem: eu tô bem SIM! Credo, nem se pode derramar umas lágrimas que já vêm me atazanar!

O rapaz aí em cima é um francês, no dia em que os nazistas tomaram Paris. Eis aí um bom motivo pra se chorar... Outros motivos você pode ver nas canções de Andrea Marquee, Zélia Duncan (cantando "Milágrimas", do genial Itamar Assumpção), Los Hermanos, Zé Ramalho (em faixa do álbum experimental psicodélico dos anos 70, Paêbiru), João Donato e Almeidinha do El Gringo.

Podcast do Parababélico

LINQUES:
* A foto eu tirei de um site que só tem marmanjo chorando
* E esse site é o máximo: vídeos de gente chorando e comendo ao mesmo tempo!

9.10.05

CIDADÃO INSTIGADO E O SOM ROBERTOCARLEANO DO SÉC. 21

capa do disco

Muita gente falando sobre o excelente novo álbum do Cidadão Instigado, que em breve será executado em nosso modesto podcast (já rolou no programa ao vivo). O Urbe publicou entrevista esclarecedora com o líder da banda, Fernando Catatau, falando do disco Cidadão Instigado e o Método Tufo de Experiências.

Recheado de participações especiais, como as de Isaar (do Comadre Fulozinha), Mauricio Takara (do Hurtmold) e Ganja Man (do Instituto), as músicas são climáticas (algumas chegando aos sete minutos) e misturam psicodelia, ritmos nordestinos, brega e batidas eletrônicas.

2.10.05

PODCAST: SOUL BRASIL, VOZES MASCULINAS

Los Tres Amigos

E vamos de mais música negra, e uma fútil pretensão de que daria pra traçar um micro-histórico da evolução do soul no Brasil em meia hora... Aras... Mas a música mandou bem: vamos de Tim Maia, Cassiano, Luís Melodia, Ed Motta, Max de Castro, Silvera. A foto aí em cima é a capa do disco Velhos Camaradas - vol. 2, do Tim Maia, Hyldon e Cassiano.