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O blogue do programa de música pop em português
da Rádio Centre-Ville FM, 102,3, Montréal.

21.9.05

PODCAST: O DIA EM QUE TUDO DEU ERRADO

Salve povo, olha só: os apresentadores desse programa foram na direção de Marrakesh, enquanto o técnico tava correndo pra lá da Conchinchina. Vai daí que eu tava hesitando em colocar este aqui no ar, tantos foram os erros cometidos (vale lembrar: o Parababélico é feito ao vivo). Então peço-lhes a gentileza de ignorar que a gente falou que ia rolar Júpiter Maçã, que acabou não entrando. E ganha um doce quem adivinhar quem foi o rapper que tocou no lugar...

O que rolou de verdade foi Arnaldo Antunes, Funk Como Le Gusta, Gabriel Musak, De Leve e Davi Moraes. Ouve lá e não vale ficar rindo da nossa cara!

Podcast do Parababélico

13.9.05

SHOW: SEU JORGE EM MONTREAL

deu carioca em montreal

Pois é, o Seu Jorge tocou aqui no sábado, o Parababélico tava lá pra conferir e foi tudo de bom. Curtimos muito coisas do álbum Cru, como "Mania de Peitão", e "Chatterton", uma versão de uma canção de Serge Gainsburg sobre o suicídio. Também foi bacana ver umas meninas da platéia que subiram no palco, tinha uma lá que, meu-são-bento-do-sapucaí, a mina é passista. Também foi bom ver que o Jorge não descamba num sambão à-toa, o rapaz segura o ritmo e deixa a coisa sempre com um ar meio "esquisito". Definitivamente, não é o seu sambista típico. A bateria atravessa, e é de propósito.

Aliás, a banda do rapaz é impecável e o mini-show que os três percussionistas dão no intervalo é o mais perfeito exemplo de como é a comédia (tipo stand-up comedy) feita só com música: eles fazem desafios de pandeiro, fazem o público bater palmas e gritar em ritmos específicos, só pra no fim tirar uma por que a gente não acompanha, e o povo ri ri e adoooora. Eu como sempre me acabei de dançar e fiquei com a impressão clara que o Seu Jorge tá só começando e que coisas ainda mais legais virão por aí.

LINQUE pra entrevista do Seu Jorge no jornal semanal de Montreal, o Mirror (em inglês). Repare que o jornaleco é bacana e "importante", e o Jorge foi capa, saca só a imagem!

12.9.05

PODCAST: nOpORN DETONA NO ELECTRO

Mais um especial de 15 minutos do Luciano Machado, agora com os fofos do duo de SP NoPorn, formado pelos DJs Liana Padilha e Luca Lauri.

Podcast do Parababélico

O NoPorn também conversou com o Parababélico, vejam aí embaixo!

ENTREVISTA: nO pORN FALA DE ROBÔS E SEXO

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O duo de SP NoPorn faz um som com voz e eletrônica muito bem-humorado e sexy. Eles são os simpáticos DJs Liana Padilha e Luca Lauri, que tocam electro, tech-house, disco-punk e o que mais tiverem vontade. A Liana e o Luca, sem saber os riscos que corriam, aceitaram dar uma microentrevista fofa pra gente.

Oi, eu e o Luca somos amigos e gostamos de fazer músicas e tocar juntos! O NoPorn surgiu por isso, eu tinha alguns instrumentos e o Luca também, trabalhavamos com computadores, realmente gostamos das máquinas e tentamos usá-las pra nos divertir e criar, e eu tinha vários poemas sexuais que ficava falando enquanto o Luca programava no computador...daí surgiu o NoPorn.
Um beijo
Liana e Luca


O noporn é contra a pornografia?
Não!!!Muito pelo contrário, adoramos tudo que seja ligado a sexo, acontece que nossas letras são sexuais sem serem pornográficas!

O noporn tem integrantes robôs?
Não!!! Mas temos alguns robôs talentosos que trabalham pra gente, além de nos dar prazer!

A vida glamurosa e devassa de popstar às vezes dá um bode e uma vontade de mudar pra uma casinha no campo?
Sim!!! Queremos ganhar muito dinheiro e ir morar numa comunidade erótica no campo, numa casa incrível, fazer muitas músicas e só sair pra fazer shows. Claro que lá teremos muitos robôs eróticos pra nos divertir, além de amigos e flores por todos os lados!!!

Valeu, NoPorn!

LINQUE para o site oficial da dupla e os projetos de Luca e Liana

7.9.05

PODCAST: TRANS-SAMBA, COM TOM ZÉ, RÔMULO FRÓES, MUNDO LIVRE E MAIS

Mais sonzera na caixa, desta vez com o estrago que nossos contemporâneos estão fazendo com o chamado ritmo nacional por excelência, o samba. Nosso velho conhecido é "desconstruído" (é, hoje eu tou me derretendo em clichês sim, não amole) pelos artistas acima, mais Jorge Ben(Jor), Marcelo D2, Bonsucesso Samba Clube e Mundo Livre S/A. Aumenta o som que o batuque vai rolar!

ZIRIGUIDUME-SE

Disclaimer: O Parababélico paga direitos autorais através de sua transmissão via rádio convencional. Ainda assim, se você for um artista ou um selo e preferir não ver a sua música divulgada aqui, escreva-nos um email e a retiramos imediatamente.

POP EXPERIMENTAL DA GERAÇÃO PERDIDA

Iêba!!!! Consegui acumular 6 (seis) clichês de crítico de música em um título com 5 vocábulos, sendo que a única palavra que não qualifica como clichê é a preposição + artigo "da"; e as palavras, além de serem chavões isoladamente, também se conchavam chavonísticas nas expressões "pop experimental" e "geração perdida". Uau. Mas chega de auto-elogio e vamos aos finalmentes.

A ótima Katia Abreu deu a dica em sua coluna no zine eletrônico BScene para um monte de bandas e artistas bacanudos fazendo música popular supimpamente, com zelo e dedicação: Wandula (Curitiba), tara_code (Salvador), Bojo (Rio), Hurtmold (Poa) e Os Telepatas (Sampa?). Os sons variam de punk a trip-hop, batuques da terrinha e tudo o mais.

Essa habilidade de passear sobre a tênue linha que separa o pop do experimental, essa pós-modernidade musical, acomete alguns dos mais interessantes projetos brasileiros hoje. Ainda que se note discretamente alguns sotaques locais, são artistas que fazem música apátrida, desprendida de amarras nacionalistas. Brasileiros simplesmente porque criam no Brasil, e, como é natural, isso pode se refletir de algum modo em seus trabalhos. Mas longe - muito longe - de soar como mistura de ritmos for export.


LINQUE pro artigo da Katia

RECIFE ROCK DÁ AULA PRA OUVIDOS INQUIETOS

E tem esse site que eu adoooro, porque tem linques bacanas, fala de gente que eu gosto e me apresenta coisas novas e ainda por cima dá MP3 na faixa de artistas de Pernambuco: é o Recife Rock. Dá uma olhada no Guia. A categoria "outros estilos" tem gente brilhante como Júnio Barreto, China, Cascabulho, Eddie, Negroove e outros. É a música pop recifense mandando bem, como sempre.

1.9.05

NOTA: "CRU", DE SEU JORGE CHEGA AO BRASIL APÓS SUCESSO NA FRANÇA


Após conquistar os franceses, "Cru", segundo disco de Seu Jorge, acaba de chegar ao Brasil. Gravado na França --onde foi lançado no fim do ano passado--, o novo álbum do músico chega às lojas quatro anos depois do lançamento do elogiado "Samba Esporte Fino".
Entre um e outro, apostou no seu lado ator. Depois de ganhar fama como o Mané Galinha, de "Cidade de Deus", atuou em "A Vida Marinha de Steve Zissou", de Wes Anderson, em 2004, e no nacional "Casa de Areia" (2005).
Na nova investida musical, Seu Jorge deixou os elementos eletrônicos de lado e optou por um esquema quase acústico, baseado em voz e violão.
O samba "Tive Razão" abre o disco e é seguido por "Mania de Peitão", uma brincadeira em tom de crítica com as mulheres que colocam silicone, com direito a citação de "Ai que Saudades da Amélia".
Em "Eu Sou Favela", deixa a ironia de lado para dizer que "A favela nunca foi reduto de marginal/ Ela só tem gente humilde, marginalizada/ E essa verdade não sai no jornal".
O inusitado fica por conta de "Chatterton", versão de uma música francesa, e "Fiore de la Città", cantada em italiano.

É impressionante como os brasileiros fazem sucesso fora antes de aparecer no Brasil... tantos talentos aqui e o reconhecimento vem do exterior. É por isso que a galera debanda, com razão. Ainda bem que existem pessoas que dão valor ao trabalho dessa moçada!

E além de excelente músico, Seu Jorge é um excelente ator. Vale conferir a atuação dele como o jovem Massu no filme "Casa de Areia", de Andrucha Waddington. O filme conta com as atrizes (maravilhosas) Fernanda Montenegro e Fernanda Torres.


* Crítica sobre o "Cru" no All Music.com aqui
* Trailer do filme "Casa de Areia" aqui
* Site do rapaz aqui
* Linque original da matéria da Folha de S. Paulo aqui


[É isso! Um beijo no cachorro e um chute nas crianças!]