O Diplo, aquele produtor que namora a
M.I.A. e produziu com ela um disco de mixes com seus funk cariocas prediletos (
Favela on Blast, 2004), acabou de lançar mais uma "homenagem" ao sons periféricos do Rio,
Favela Strikes Back. O crítico Nick Sylvester disse no
Pitchfork:
Diplo está numa onda de abutre de cultura, sincera até o talo, que compreensivelmente dá impressão errada à moçada. Pior, como as faixas não têm título nem crédito, as pessoas podem dizer: "Tudo soa a mesma coisa pro Diplo, ele está generalizando demais!", o que reflete mais quem acusa do que o acusado. Mas se a coisa do Diplo é trazer a favela para o mundo de um jeito que o mundo possa reagir e no fim ficar com um interesse genuíno (leia-se: $$$), vamos esquecer as acusações por agora e curtir a música com nossos olhos tão arregalados quanto os dele. O texto completo (em inglês) está
aqui.
Os outros dois discos resenhados pela Pitchfork são coletâneas européias de música paulistana (hm, nem sempre, mas a imensa maioria é de SP) dos anos 80, o
Não Wave: Brazil Post Punk 1982-1988, com gente como Mercenárias, Akira S & As Garotas Que Erraram e Vzyadoq Moe; e
The Sexual Life of the Savages: Underground Post-Punk in São Paulo, Brasil, contendo Fellini, Mercenárias, Gueto, Nau e outros.
A resenha do Nitsuh Abebe é super bem-informada e elogiosa e pode ser lida
aqui.
O influente crítico britânico Simon Reynolds, do Village Voice (NY), também deu seus dois palito sobre os dois álbuns pós-punk
aqui.