O nome do rapaz é
Domingos Caldas Barbosa. Mulato filho de português e escrava africana libertada, o Domingos inaugurou o cancioneiro popular brasileiro no século 18, cantando lundus e modinhas acompanhado do violão, na primeira manisfestação da música urbana de entretenimento que sobrevive até hoje, agora em sambas, chorinhos e pagodes. Quem defende a tese de que Domingos foi quem chegou na frente e na hora certa (quando surgiu em Pindorama o que chamamos de burguesia) é José Ramos Tinhorão, crítico, pesquisador e historiador independente e polêmico, mas acima de tudo apaixonado por música. Tinhorão tem, cá para nós, umas opiniões meio ultrapassadas e por demais marxistas, na veia de um
Theodor Adorno, mas a quantidade de informação que ele acumula e transmite vale a leitura do livro "Domingos Caldas Barbosa - O Poeta da Viola, da Modinha e do Lundu (1740-1800)", que está saindo pela editora 34 (tel. 0/ xx/11/ 3816-6777). E pasmem: Tinhorão diz que o fado foi levado do Brasil a Portugal pelo Caldas Barbosa, a quem Bocage chamava de "orangotango". O José gosta de comprar uma briga.... E também tem opinião sobre tudo, até sobre rap.
Linquinhos:
Leia entrevista com Tinhorão sobre o livro na Revista Época
Página de Caldas Barbosa na Enciclopédia do Itaú Cultural
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