FUNK CARIOCA
Bom, não vou aqui falar mais sobre o funk porque seria burro e paternalista e boçal. E o funk carioca não precisa de mim, de repente sou eu é quem preciso do funk carioca.
Vou mais é cortar e colar: "Tem uma coisa que é essa batida que se fez no Rio: devoraram miami bass e devoraram a música black mesmo, e nos devolveram o funk carioca, que é essa batida forte que parece um miami misturado com maculelê, sei lá o que é aquilo! Essa batida pra mim é do maculelê, aquela coisa da capoeira que neguinho fica brigando com facão. Então é evidente que isso no Brasil funciona, tá na cara, ou não teria baile todo domingo, a torto e a direito e pra tudo quanto é lado. Imagina como aquilo deve soar no ouvido daquele pessoal [os gringos]. Talvez seja um pouco como soa o dancehall pra eles, que é mais ou menos o mesmo assunto. É totalmente diferente do funk carioca, mas é o mesmo assunto.
"Mas é lógico que a classe média odeia funk. O funk é a negação da fórmula básica da música brasileira. Aquela harmonia complexa, aquela coisa Djavan, João Gilberto, João Bosco, Chico Buarque... Tudo isso é muito complexo. Tem aquele lirismo, aquela coisa que os meninos dos Los Hermanos têm. Isso é música pra classe média. Mas tem uma coisa pra mim muito mais forte de preconceito contra o funk como música de pobre, do que contra a qualidade da música."
Esse foi o Nego Moçambique, que não é funkeiro, mas faz música eletrônica. Aqui você lê a entrevista completa.
E pra quem precisa do um apoio argumentativo bem classe média, cate aqui um artigo bem acadêmico do antropólogo Hermano Vianna, escrito nos idos de 1990. Tá em PDF, visse?
O Atlantis Tendamix é um site esperto sobre cultura dance no Rio.
E finalmente, SIM!, vai rolar funk no programa sim.
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