TECNOBREGA, OU A NOVA ORDEM FONOGRÁFICA
Funciona assim: o artista do chamado tecnobrega faz shows e anima bailes - de periferia ou não, e grava toscamente suas faixas. O camelô transformado em empresário grava CDs caseiros vende por 3 (três!) mangos, um terço indo pro artista. As rádios executam, e o ciclo fecha com novos shows e bailes contratados. Não é pirataria (como erradamente classificou Hermano Vianna), pois tem a benção e participação ativa dos artistas. Mas não é oficial, pois não existem selos nem impostos. Pronto: criou-se um meio de driblar o sistema das gravadoras em que todos ficam contentes: o público (CDs baratos, oferta abundante), os artistas (vivendo da música), a economia informal local (que não precisa fugir da polícia, ficando numa área cinzenta entre a legalidade e a ilegalidade). Além do quê, gerou-se uma subcultura de tecnobrega rica, com um linguajar próprio e atividades em redes produtivas.
A música? Vai lá ouvir! O site Amazon Music tem.
Bem aqui, o DJ Dolores fala um pouco do fenômeno.
O antropólogo Hermano Vianna faz uma análise do mercado tecnobrega aqui, às vezes equivocada mas sempre interessante.
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