ENTREVISTA: MAURÍCIO TAKARA
O batera e fera em vários outros intrumentos do Hurtmold, Maurício Takara, lançou recentemente seu segundo álbum solo, M. Takara com Chankas e Jon. O Parababélico fez uma entrevista avoada com ele, que além de inteligente e talentoso foi gente fina o suficiente pra não nos mandar passear e respondeu tudo (well, quase tudo...). A gente fez um especial com umas coisas dele e logo vai botar um podcast no ar. Vale lembrar que o Maurício também é colaborador assíduo do coletivo Instituto (veja nos linques à direita).
Olhaí a entrevista:
Maurício, a gente acabou de ouvir o teu disco mais recente e ficou de queixo caído. Parabéns. Deu um puta orgulho da cena brazuca, o que é mera cafejestada nossa mesmo porque ouvir o disco não deu trabalho nenhum e a a gente nada fez pra criar a música, e ainda assim tem a cara-de-pau de ter orgulho. O que você acha disso?
Acho ótimo. É como as vezes você vê algo, pode até ser na TV e você sente vergonha pela pessoa, mesmo não tendo nada ver com isso. É um sentimento forte. E se a mesma coisa acontece, mas com um sentimento positivo como o orgulho, é uma coisa até meio rara.
Você é japa? Como é isso?
Sou brasileiro de família japonesa e espanhola.
Você lançou dois discos solo, o M. Takara e o M. Takara com Chankas e Jon. Os críticos dizem que houve uma evolução. O Parababélico não reparou muito porque a gente é leso e gosta mesmo é de curtir o som, não temos nenhuma capacidade analítica. Pra você, teve evolução?
Hahaha, é verdade, talvez não tenha tido evolução nenhuma. Assim, acho que mudou bastante e isso é sempre uma evolução, se pra melhor ou pra pior eu também não sei. Eu gosto mais do último, mas é por que está mais próximo de mim na história da minha vida. Mas tem muita coisa do primeiro que acho que nunca mais vou conseguir fazer de novo.
Como foi tocar pros gringos no Sonar, em Barcelona? É verdade que as espanholas tavam jogando calcinhas em ti, como um espião do Parababélico constatou? Você toparia tocar aqui em Montreal no Mutek?
Não só as espanholas, tinha gente (e mulheres) do mundo inteiro lá. Foi muito bom o festival, nossa tenda estava lotada e o povo parace ter gostado bastante. Além do resto do festival que tinha muita gente boa como o Radian, The Battles, Mouse on Mars, etc. O Canadá é um lugar que eu tenho muita vontade de conhecer e ir tocar, nem sei bem por quê. O Mutek parece ser um festival bem interessante, acho que vai ter uma edição em SP este ano, quem sabe algum dia eles procurem algo alem do funk carioca ou do samba eletrônico feito no Brasil. ps: não me leve a mal, eu gosto de alguns funk cariocas e samba eletrônicos.
Como anda o Hurtmold? Qual a diferença pra ti do trampo onanista solo e da suruba que rola numa banda?
O Hurtmold tá bem. Tocando no nordeste, alguns shows em SP em setembro e mais uma turnê com a banda The Eternals de Chicago aqui no brasil. Desculpa. Tenho que ir agora!! Tô sem tempo mesmo. Valeu!!!!
Valeu você, Maurício! E boa sorte!
Repare só como o Takara resistiu a comentar a suruba... Hm.
LINQUES:
* Pra comprar os discos do Takara, clique aqui na Tratore
* Cheque a agenda de shows no site do Hurtmold
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home