Identificada em 1876 pelo dr. James Onofre, é um distúrbio que acomete exilados, refugiados, apátridas, viajantes, turistas, desterrados, imigrantes e afins. A epidemiologia ainda não está definida, mas pode atingir praticamente os 100 por cento da população deslocada de seu lugar de origem em algum momento da vida. A hipótese para a causa da doença é a deficiência de estímulos musicais familiares. A síndrome manifesta-se por uma súbita apreciação de sons familiares antes detestados. O quadro clínico inclui sintomas como: a vítima do mal põe-se inconscientemente a tamborilar os dedos ao ouvir "O Barquinho" em um café em Viena, ou cai na dança da garrafa ao distinguir acordes do "É o Tchan" em uma padaria de Montreal, ou ainda chora ao ouvir Lulu Santos no rádio em um solitário apartamento em meio ao inverno de Nova York. O diagnóstico se completa quando a vítima, embaraçada, admite que na verdade odeia a música que provocou a reação nostálgica. O medicamento recomendado é o Parababélico.
Indicações: antitédio, anticaretice, antibrega, anti-síndrome do refugiado, antinostalgia.
Contra-indicações: em pacientes com reconhecida hipersensibilidade ao novo e à experimentação.
Precauções: pacientes com problemas de mau gosto podem ter seus sintomas exacerbados pela audição de música boa.
Interações medicamentosas: o produto não deve ser administrado a pacientes que curtem uma fossa e estejam em uso de doses altas de dor-de-cotovelo.
Reações adversas: podem ocorrer reações próprias dos estimulantes da imaginação: compulsão de dançar, curiosidade exacerbada, insuficiente reação à música chata.
Superdosagem: não há.
Posologia: recomenda-se 30 min por semana, sempre às sextas-feiras, às 18h30 em Montreal.
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